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quinta-feira, 10 de março de 2016

O capitalismo e o Estado





Gerar riquezas e postos de trabalho, algo essencial à dignidade humana, é o desafio de qualquer governo.  Qualquer indivíduo pode ao longo de sua vida produzir mais do que consome, empatar ou ser negativo. Não existe milagre,
Entre nações o problema é idêntico e assim a humanidade deverá no mínimo igualar (expectativa idealista) o que produz e consome.
Trabalhar ou usufruir de riquezas naturais, políticas, familiares etc. é  o que vemos em nosso dia a dia. O que pretendemos gastar é um desafio é função de valores que o mercado universal define, queiram ou não os teóricos políticos.
Novos desafios criam condições restritivas tais como a recuperação ambiental, ecologia, saúde global, educação para o futuro. A apropriação de capital (riquezas naturais e artificiais) ´é um jogo de mamutes em que a humanidade é material de consumo.
Podemos e devemos sonhar e trabalhar para a Justiça e bem-estar de todos. Somos, contudo, incrivelmente limitados intelectualmente, culturalmente, fisicamente etc.
O ser humano evolui, como qualquer animal ou planta. Darwinisticamente podemos até desaparecer se não nos adaptarmos ao desafio da existência. Ao longo de sua história a humanidade demonstrou seu nível de racionalidade e vice-versa.  Guerras e holocaustos exemplificam o grau de bestialidade que nações inteiras são capazes de implementar.
E o capitalismo?
Com certeza as lógicas do capitalismo confundem-se com outras e são inerentes ao ser humano. Gerar capital, acumulá-lo e gastá-lo é o que separa nações que se auto intitulam comunistas, socialistas ou capitalistas. De um jeito ou de outro todas, exceto as mais primitivas, exercem algum tipo de capitalismo, só mudando aqueles que usufruem o resultado do trabalho de quem produz mais do que consome.
O comércio internacional e a necessidade de trocas viabilizaram o que chamamos “riquezas naturais”. Assim caudilhos e ditadores, reis e potentados, imperadores e magnatas puderam criar condições de luxo e extravagâncias sem muito esforço. Um exemplo bem americano que historinhas e piadas ilustravam bem era o do texano rico graças ao petróleo trocando de carro todo dia.
A carência de alimentos fez em alguns países elites riquíssimas viabilizando, inclusive, uma geração de caudilhos sul americanos que podiam distribuir esmolas e agradar sindicatos sem muito esforço.
O que importa agora é que os excessos humanos estão exaurindo a Terra e poluindo violentamente muitos lugares. O que parecia solução agora aparece na condição de vilão do ser humano.
Os genocídios de rotina não são mais aceitos, felizmente.
Precisamos de novos padrões de vida. No Brasil, a orgia consumista desses últimos anos foi desastrosa, pois não precisávamos repetir erros, já existia um começo de consciência conservacionista.
Estamos em crise, é momento de pensar com profundidade como deveremos reagir a tudo isso. Poderemos recuperar nossa economia revendo acordos e negociatas monumentais. Não tendo coragem nem capacidade para agir dessa maneira sobra a opção da revisão humilde de políticas de desenvolvimento e a escolha de caminhos mais saudáveis para nosso povo e a humanidade em geral.

Cascaes

10.3.2016

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