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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ética da Sustentabilidade

Ética da Sustentabilidade


Hipóteses


1      – A Humanidade agrava a probabilidade de sobrevivência à medida que cresce sua população (em quantidade e peso).
2      – A interdependência dos povos fragiliza a sobrevivência de todos.
3      – A repetição de tragédias de origens cósmicas é uma possibilidade concreta e não muito rara.
4      – A vida moderna deseduca as pessoas à sobrevivência natural.
5      – Sobreviver em situações extremas é competir e saber viver em condições radicais.
6      – A inteligência é essencial à sobrevivência.
7      - Evitar excessos, desperdício, consumo inútil é fundamental no século 21.

Tese


Devemos educar e preparar a nós, nossos descendentes e comunidades a saberem sobreviver em condições extremas assim como evitá-las.

Ponderações


O poder de destruição, de suicídio coletivo cresce constantemente. Atingiu o ápice durante a Guerra Fria, mas reaparece entre grandes nações, principalmente as mais populosas. Pode-se imaginar que seus líderes queiram argumentos para permanecer no poder simplesmente, algo quase onipresente entre aqueles que ocupam altos cargos.
Essa fragilidade humana ainda não suficientemente avaliada e não se criou antídotos contra isso, é uma realidade inaceitável quando precisamos de pessoas lúcidas, bem preparadas e competentes nos maiores cargos executivos em todos os segmentos da sociedade humana.
Ou seja, diante da utopia “transformar e atingir níveis elevados de raciocínio e eficácia” devemos ser pessimistas e trabalhar na grande probabilidade do que de pior possa acontecer.
Estamos em risco permanente de sobrevivência, pois os nossos líderes não medem esforços para simplesmente se manterem no Poder, seja ele qual for, e criarem dinastias sem consideração pela qualidade de seus favoritos, refazendo dinastias discretas num planeta que dá inúmeros sinais de saturação com a presença humana.
Com certeza a Terra (planeta) tem em sua superfície o que puder existir após nossos desatinos catastróficos, ela estará por aí ainda alguns milhões de anos. Nesse sentido é bom lembrar as dimensões de nosso planeta: diâmetro de 12,76 mil quilômetros e 510 milhões de quilômetros quadrados de superfície. Somos infinitesimais nesse globo imenso.
Precisamos, portanto, mais do que qualquer ferramenta, ideologias e religiões criar um padrão universal de valorização da sobrevivência que pode ser materializado por um conjunto de princípios comportamentais norteadoras de padrões morais que, acima de tudo, protejam o ser humano em qualquer lugar desse planeta.
A manutenção e a operação de instalações essenciais assim como muitas atividades tais como a do cirurgião ou a do piloto de avião ensinam que devemos ser realistas, essencialmente objetivos, eficazes, pois qualquer erro poderá ser fatal.
Podemos desenvolver teorias e acreditar nelas, mas o desafio concreto é sobreviver, existir, superar desafios e agir com precisão.
A avaliação da ética e da moral por um engenheiro de manutenção de instalações essenciais e de alto risco provavelmente tenderá a ser pragmática. Esse é o nosso caso e assim propomos desenvolver um código de existência desligado de hipóteses de vida e se prenda ao que podemos ver e sentir, tocar, cheirar, ouvir, degustar, avaliar para poder sobreviver.
A importância da sobrevivência para quem está vivo é tão grande que criamos fantasias para acreditar em eternidades, não aceitamos a finitude da nossa existência. A vida pode ter limites, o sentimento de existir não. O tempo é relativo, é uma grandeza entre cenários diferentes. Ao final da vida, quando o coração para, o cérebro continua existindo por um tempo sem referências. Esses segundos ou minutos serão percebidos como algo eterno. É um tempo infinitamente maior que o anterior, quando o coração definia um ritmo, o relógio marcava segundos e horas.
Com certeza e de forma extremamente natural a eternidade existe, pelo menos nessas condições.
Pessoalmente tivemos experiências incríveis, cujo relato seria abusivo nesse livro. O que podemos concluir é que entre o máximo, a crença em Deus e em todos os seus efeitos e a existência nossa pode e provavelmente existe um espaço possível de outras formas de ação, integração e reação ao Universo.
Nada será sobrenatural, o que falta, talvez nalgum dia seja possível, é descobrir, medir, quantificar o que não sabemos e descobriremos.
A arrogância é querer inventar Deus e a partir daí desenvolver um relacionamento hipócrita, cheio de rituais e declarações de amor e temor.
Precisamos, isso sim, saber viver e nada mais importante que a satisfação de nossa própria consciência em suas melhores mensagens. Obviamente somos o resultado de uma sequência infinita de fatores e parâmetros, variáveis e equações que nos produziram.
O que não se deve esquecer é a fragilidade da Humanidade. Ela dependerá mais e mais da inteligência e da racionalidade, tudo aliado a um senso crescente de fraternidade e liberdade, pois, viver sem liberdade é desjável?

Conclusões


1 – A fragilidade da Humanidade cresce continuamente.
2 – A ciência pode acelerar o desenvolvimento da inteligência.

Recomendações


1 – Ter planos educacionais dedicados à sobrevivência em condições extremas.
2 – Estudar, aprender a dominar sentimentos e o medo.


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