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terça-feira, 12 de julho de 2016

Meio ambiente urbano exige manutenção, inovações, cuidados especiais

Serviços essenciais e urbanismo com qualidade e eficácia
A evolução tecnológica e a sustentabilidade do ser humano e de todas formas de vida em nosso planeta têm na população das cidades e tudo o que lhe serve o reflexo da qualidade e racionalidade de seus habitantes e gerentes.
Urbanismo, apesar de ser uma especialização profissional, é uma atividade essencialmente multidisciplinar, técnica, social e, acima de tudo, ética.
Qual é a visão moral de nossos governantes sobre suas próprias responsabilidades? Têm competência e determinação de fazer o que for melhor para todos dentro de critérios saudáveis? Proprietários de imóveis, condomínios, indústrias, comércio e tudo o mais estão conscientes de suas responsabilidades?
Os profissionais que se dedicam ao Planejamento, Projeto, Construção, Operação, Manutenção e fiscalização urbana são realmente bem preparados e educados?
O corporativismo está sob vigilância?
Infelizmente temos o direito de duvidar diante de tantos escândalos que os Ministérios Públicos, sistemas de apoio policial, Poder Judiciário, Tribunais de Conta, Transparência, delações premiadas, mídia e condenações inequívocas mostram diariamente.
Tudo merece atenção e coordenação, de postes a pontos de ônibus, todo equipamento e serviço de uma cidade é parte do cenário de sucesso ou até desgraças de seus habitantes.
Felizmente algumas cidades são mais atentas e polêmicas, referências de soluções boas e ruins; no Brasil, um país de dimensões continentais, existe de tudo.
Moramos em uma cidade modelo? Até quando?
O século 21 traz revelações inimagináveis há poucas décadas. Novas soluções são imperiosas como também comportamentos que merecem atenção ética especial, como é o caso da inclusão da pessoa com deficiência, idosa, adoentada etc. O aprimoramento da Democracia e dos Direitos Humanos cobra novos paradigmas de qualidade de vida.
A legislação brasileira nesse contexto é boa, carecendo, contudo, de obediência ao que determina. Precisamos deixar de simplesmente ter leis modernas “para inglês ver”[i].
Diante do que escrevemos é essencial a coordenação dos serviços essenciais assim como o disciplinamento das concessionárias, sejam elas municipais, estaduais ou federais. Nas calçadas e passeios podemos sentir a anarquia que existe nesse sentido em Curitiba, por exemplo.
Campanhas educativas são necessárias e devem ser permanentes. Nosso povo adulto nasceu no milênio passado,
Reeducação e fidelidade técnica é algo que não pode ser contingenciado, cotejado com a submissão a teses e pessoas sem condições de impor padrões, exceto, naturalmente, quando estiver em jogo a sobrevivência de seres humanos em tempos de crise, de falta de emprego, atendimento médico, alimentação, habitação, enfim, daquilo que ninguém pode prescindir para sobreviver.
Os postos executivos em qualquer sociedade implicam em responsabilidades severas.
Cascaes
11.07.2016


[i] Wikipédia em 16 de julho de 2016 - Lei para inglês ver é a expressão usada no Brasil e em Portugal para leis ou regras consideradas demagógicas e que não são cumpridas na prática. A origem da expressão tem várias versões, mas provavelmente deriva de uma situação vivenciada no Período Regencial da história brasileira referente ao tráfico de escravos.

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