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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Meio ambiente urbano e as campanhas políticas


Urbanismo e o famigerado “solo Criado”
O ser humano em seu individualismo esquece que será a própria vítima de suas ambições, vaidades e ilusões. Uma demonstração disso é o que estão fazendo com nossas cidades, principalmente Curitiba, um lugar que se vangloriava de se submeter a um plano urbanístico bem definido.
Em algum momento infeliz de nossa história algum indivíduo bem intencionado gerou o que viria a ser a Lei do Solo Criado [(Solo Criado - o que é, valores e como comprar), (Secretaria Municipal de Urbanismo)]. O resultado é que essa lei foi completamente desvirtuada em Curitiba, tudo para receber durante alguns meses alguns turistas para ver poucos jogos da Copa do Mundo que desconhecemos, endividando o povo curitibano em projetos que, ainda que substancialmente subsidiados, jogam no lixo o planejamento da cidade.
A capital do Paraná está virando um tijolão de concreto e asfalto, com trilhas de grama nas calçadas e árvores condenadas a desabar sobre a população. Afinal o lençol freático desce com as garagens subterrâneas, o asfalto impermeabiliza, a temperatura aumenta e a fumaça e ruído dos carros e foguetórios espantam qualquer pássaro que queira usar os seus galhos, além de gerarem uma tremenda poluição.
O inacreditável é ver a cidade submetida a processos de planejamento aleatórios e falta de coordenação eficaz das obras. O pesadelo existe, agravado pelo estímulo nacional às montadoras de automóveis e motocicletas.
A descontinuidade técnica é um dos efeitos do curtíssimo mandato de um prefeito, casuísmos e despreparo dos candidatos, além das conveniências dos patrocinadores eleitorais, sempre usando as campanhas para induzir mídia de projetos oportunistas.
As metrópoles vão se transformando em monstrópoles, das quais o povo procura sair em feriadões entupindo estradas, aeroportos, rodoviárias etc.
O processo eleitoral deveria ser contínuo, permanente, utilizando-se as emissoras estatais e excluindo o povo a ver e pagar por programas de propaganda política (Decreto garante dedução do imposto de renda para emissoras obrigadas a exibir propaganda, 2012) em horário nobre durante tempo insuficiente para discussão profunda das teses dos candidatos. Mais ainda, uma reforma fiscal racional diminuiria a dependência de simpatias federais e estaduais, afinal vivemos dentro de cidades que precisam poder cuidar de seus problemas sem depender de acordos políticos com níveis superiores.
Em Curitiba, graças à tão mal falada FIFA, estamos submetidos a prioridades estrangeiras. Precisamos de obras que atendam seus cidadãos e respeitem as melhores técnicas de Engenharia, Arquitetura, Urbanismo, Economia, Sociologia etc. O planejamento e submissão ao que se estabelece após análises exaustivas deve ser sagrado.
Curitiba cresceu rapidamente. Muitos de seus cidadãos mal conhecem o bairro vizinho, vieram recentemente para a capital. A rotina do trabalho emburrece as pessoas, à medida que reduz o tempo de dedicação aos problemas de sua comunidade. Nessas condições o alcaide precisa se apoiar em equipes profissionais, tão boas quanto possível.
Vivemos tempos de anarquia urbanística e de tolerância com decisões de um governo distante, instalado em Brasília.
O resultado é o que vemos e nos deixa apreensivos. Teremos dinheiro para fazer e manter, no menor prazo possível, dezenas de quilômetros de linhas e sistemas complementares de transporte coletivo? A Copel e a Sanepar farão o que já deveriam ter feito para deixar Curitiba como deveria ser? Teremos creches, escolas e postos de saúde bem equipados em quantidade suficiente? A inclusão de pessoas com deficiência acontecerá? Os idosos terão condições de existir na cidade?
A pergunta é básica, o dinheiro do contribuinte será capaz de resolver todos os problemas, considerando que desperdiçamos muito do que arrecadamos?

Cascaes
21.9.2012

Brasil, A. (20 de 8 de 2012). Decreto garante dedução do imposto de renda para emissoras obrigadas a exibir propaganda. Fonte: em.com.br ESTADO DE MINAS: http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/eleicoes/eleicoes-bhregiao/2012/08/20/noticias_internas_eleicoes,312775/decreto-garante-deducao-do-imposto-de-renda-para-emissoras-obrigadas-a-exibir-propaganda.shtml
Planejamento. (s.d.). Solo Criado - o que é, valores e como comprar. Fonte: Prefeitura de Porto Alegre: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/spm/default.php?p_secao=140
Secretaria Municipal de Urbanismo. (s.d.). Fonte: Curitiba - Prefeitura da Cidade: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/legislacao-especifica-smu-secretaria-municipal-do-urbanismo/457



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Curitiba - flores, árvores e fios














Lixo perigoso - existe alguma norma de coleta?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

E-books - meio ambiente - Dicas do Décio Michellis Jr.


Segue em anexo cópia do e-book "Negócios Essenciais. Negócios Naturais."


É livre a distribuição deste e-book.
Esta é uma edição eletrônica (e-book) não comercial, que não pode ser vendida nem comercializada em qualquer hipótese. Tampouco pode ser utilizada para quaisquer fins que envolvam interesse financeiro. Este exemplar de livro eletrônico pode ser duplicado e impresso em sua íntegra e sem alterações, distribuído e compartilhado para usos não comerciais, entre pessoas e/ou instituições sem fins lucrativos. Caso queira colocar o material à disposição do público (download), que o mesmo se dê livremente, sem necessidade de senha ou cadastro, por quaisquer interessados.
Outros e-books para download:


SustentaHabilidade (2012, 1ª edição)
 

Energoambiental (2012, 1ª edição)


Crônicas da Sustentabilidade (2011, 4ª edição revista e ampliada)  


Considerações sobre a proposta de diretrizes elaborada pelo GT COSEMA FIESP – Cidades Sustentáveis (2012)  


Gestão da Defesa do Interesse Nacional na Matriz Energética Brasileira (2010)


A evolução crescente dos custos socioambientais e a viabilidade econômica das usinas de geração hidrelétrica (2008)



Revisão tarifária extraordinária decorrente de significativo desequilíbrio econômico-financeiro por aumento de custos socioambientais não gerenciáveis (2007)

Att

Decio Michellis Jr.
+55 11 9-8295-8901
+55 11    3801-9474

domingo, 2 de setembro de 2012

Vamos plantar árvores em casa?



Plante árvores em casa
Um mote de campanha a favor do meio ambiente é o plantio de árvores. Planta-se árvores e salva-se o planeta. Por quê? As árvores emitem CO2 à noite e o reabsorvem de dia, em crescimento o saldo é positivo, ou seja, mais oxigênio e menos CO2. Por isso mesmo o gás carbônico é importante, é um dos elementos de sustentação do mundo verde. Árvores que param de crescer criam uma diferença residual menor, podendo inverter pelo desmanche de troncos e folhas criando outros gases. O artigo (Plantar árvore adianta?) é imperdível.
A polêmica em torno do assunto deveria ser outra. Racionalize sua vida e assim economizará energia, espaços, água, etc. de diversas maneiras.
O desperdício é enorme. Naturalmente o consumo maior cria empresas, empregos e impostos. A Humanidade ainda não aceitou nada que possa reduzir a festa consumista, inclusive de armas e produtos inúteis. Na crise atual o foco dos debates tem sido a retomada do desenvolvimento, crescer para gerar empregos. Ótimo, mas de que forma devemos gerar postos de trabalho?
No Brasil há tudo para ser refeito, corrigido e otimizado. Isso significa que podemos criar oportunidades de trabalho necessárias e em quantidade suficiente às demandas por trabalho. O desafio fica na educação, na base escolar onde poderíamos cuidar melhor da formação dos nossos jovens.
Devemos, contudo, educar, criar uma geração diferente.  Para isso é fundamental a credibilidade. A melhor ordem é o exemplo. Ainda que tarde, podemos ensinar que desperdiçar é desinteligente, pois tudo precisa ser pago. Na formação dos futuros eleitores é essencial lembrar que viverão num mundo diferente, em mudança constante por efeito da superpopulação e fenômenos naturais. Como sobreviverão se tivermos agravamento das condições ambientais?
O maior desafio é a racionalização das cidades e dentro delas os lugares onde vivemos, principalmente em casa. Como todos se comportam dentro dela? De que jeito utilizam serviços essenciais que, exatamente por isso, devem ser usados com prudência?
O interessante é a mania de usar papel (livro de papel, folhetos, ofícios etc. em tempos de livros digitais, internet, notebooks etc.). No (Projeto NDD Green Carbon) encontramos dados técnicos e ponderações oportunas que devem ser conhecidas, inclusive a metodologia utilizada para terem essas informações com parâmetros brasileiros.
Outros links trazem de sugestões interessantes como, por exemplo, (Naturalmente Espertos - Ecologiamente corretos).
Podemos acrescentar que tudo o que pode substituir usos antigos por soluções racionais e modernas, desde que atentas à otimização de usos e costumes, significa gastar menos e precisar de menos dinheiro para, por exemplo, ser obrigado a usar apartamentos maiores para aquecer/refrigerar, limpar e guardar coisas inúteis.
Aliás, algo flagrantemente ridículo e ver e ouvir personalidades influentes falando em “salvar o planeta” e morando em mansões, usando automóveis, aviões executivos etc....
Precisaríamos plantar milhões de árvores diariamente para compensar os desperdícios existentes. Isso é bom em regiões em processo de desertificação. Devemos, contudo, e aí o resultado é imediato, não desperdiçar, com a vantagem de que gastando menos liberamos tempo para viver melhor.
Vamos plantar árvores em casa?
E os prefeitos a serem eleitos, como administrarão suas cidades?

Cascaes
2.9.2012
Cortez, H. (s.d.). Plantar árvore adianta? Acesso em 2 de 9 de 2012, disponível em meu mundo sustentável: http://meumundosustentavel.com/noticias/plantar-arvore-adianta/
Naturalmente Espertos - Ecologiamente corretos. (s.d.). Acesso em 2 de 9 de 2012, disponível em SANASA - Campinas: http://www.sanasa.com.br/document/noticias/757.pdf
Projeto NDD Green Carbon. (s.d.). Fonte: NDDigital Technologies: http://www.nddgreencarbon.com/si/site/0100